sábado, 10 de maio de 2008

Por que mudar a mídia?

A mídia corporifica, nos dias de hoje, importantes canais difusores de creças e juízos sociais. Sua ação tanto reitera como (re)cria valores adotados socialmente. Quando esta mídia - composta por livros, jornais, revistas, televisão, rádio e internet - está nas mãos de poucas pessoas, os interesses socias ficam comprometidos. A formação de megaconglomerados de infoentretenimento, intensificada na década de 1990, levou a uma concentração dos meios de comunicação. Uma dezena de atores políticos e econômicos dominam os principais canais de comunicação da modernidade. A comunicação de massa acaba protegendo o interesse desses atores e há limitação no número e no tipo de vozes ouvidas na mídia. A comunicação de interesse público dá lugar à de interesse privado. Isso traz consequências para o conteúdo veiculado e para os efeitos que esse conteúdo produz. Numa sociedade onde as interações se dão de forma cada vez mais midiatizadas, ou seja, tendo a mídia como interface, os meios de comunicação têm a capacidade não só de refletir mas também de reiterar e modificar essa sociedade. Daí vem a necessidade de se mudar a mídia: para que essa mudança priorize o interesse público e não o interesse privado da elite político-financeira. A mídia de radiodifusão - televisão e rádio - depende de concessões públicas para seu funcionamento. Esse é um fato desconhecido de muitas pessoas e que obriga esses meios a seguirem princípios e finalidades sociais. Isso não vem sendo cumprido. E é como mais uma ferramenta da luta pela democratização da comunicação que esse blog se estabelece.

Um comentário:

Gustavo Henrique dos Santos disse...

Muitos especialistas concluem que, no desenvolvimento dos meios de comunicação, novas tecnologias mudams todo o mais. Essa perspectiva pode ser chamada de determinismo tecnológico.